Dia Internacional da Mulher 2025: Para TODAS as mulheres e raparigas: Direitos. Igualdade. Empoderamento
8 de Março de 2025

Em 2025, o mundo assinala o 30.º aniversário da Declaração e Plataforma de Acção de Pequim - a agenda mais abrangente e visionária para a concretização dos direitos das mulheres e a construção de um mundo mais justo e igualitário. Nas últimas três décadas, registaram-se progressos notáveis: quase todos os Estados membros das Nações Unidas (ONU) tomaram medidas para combater a violência contra as mulheres e as raparigas, reduzir as disparidades na educação e diminuir a mortalidade materna.
As reformas jurídicas desmantelaram leis discriminatórias, as instituições foram reforçadas e os compromissos aprofundados, com mais países do que nunca a adoptarem políticas que apoiam a visibilidade, a oportunidade e a resiliência das mulheres, quer através do emprego, da protecção social ou da resposta a crises.
Apesar destas conquistas, os progressos continuam a ser desiguais e frágeis. As conquistas duramente alcançadas em matéria de igualdade entre homens e mulheres estão a sofrer retrocessos alarmantes, ameaçando não só os direitos das mulheres e das raparigas, mas também a força das nossas sociedades, a integridade do multilateralismo e a nossa capacidade de resolver em conjunto os desafios globais. A nível mundial, as mulheres continuam a ter apenas dois terços dos direitos legais dos homens. Persiste um fosso acentuado em matéria de pobreza e, ao ritmo atual, serão necessários mais 137 anos para acabar com a pobreza extrema entre as mulheres.
Esta situação não é apenas injusta - é uma força corrosiva que impede o desenvolvimento humano e trava o progresso global. No entanto, o poder transformador da igualdade de género é inegável. Por exemplo, quase 300 milhões de empregos poderiam ser criados até 2035 através de investimentos em serviços de cuidados, que apoiariam as mulheres e os homens trabalhadores nas suas responsabilidades de prestação de cuidados, abrindo simultaneamente novas oportunidades de emprego para as mulheres.
Ao trabalhar como parte da família das Nações Unidas, incluindo parceiros-chave como a ONU Mulheres, o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 2024 contribuiu para que 137 milhões de mulheres tivessem acesso a serviços essenciais, 139 milhões de mulheres a serviços financeiros e 140 milhões de mulheres a eleições.
O PNUD pretende assegurar que cada avanço no desenvolvimento se torne um catalisador para desbloquear a igualdade de direitos, poder e oportunidades para todas as mulheres e raparigas. De facto, o PNUD orgulha-se de fazer parte do Plano de Aceleração da Igualdade de Género (GEAP) do Sistema das Nações Unidas para ajudar a defender e a fazer avançar os direitos das mulheres e das raparigas em todo o mundo. Em resumo, é um futuro em que a igualdade de género e o empoderamento das mulheres não são apenas aspirações, mas uma realidade vivida por todas as mulheres e raparigas.
Achim Steiner, Administrador, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)