PNUD e Governo da República Popular da China entregam 30 salas de aulas resilientes em Chibabava

3 de July de 2022

Escola Primaria Completa do 1º e 2º Graus de Heua, em Chibabava, inaugurada por Sua Excelência Carmelita Rita Namashulua, Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique.

Celina Henriques

Chibabava, Sofala – O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e o Governo da República Popular da  China entregaram, em Junho desde ano, 30 salas de aulas resilientes a desastres naturais no distrito de Chibabava, em Sofala.

Construídas com o financiamento do Governo da República Popular da China, as salas de aulas irão beneficiar aproximadamente 14 mil alunos. “Estas escolas estão apetrechadas com mobiliário, quatro sistemas de colecta de água (caleiras e cisterna) com capacidade de carga de 10 mil litros, sistema de iluminação noturna com painéis solares, quatro blocos sanitários e rampas para facilitar o acesso das pessoas com deficiência”, explicou Francisco Roquette, Representante Residente Adjunto do PNUD, na cerimónia de entrega das escolas.

No âmbito do Fundo de Assistência à Cooperação Sul-Sul (SSCAF, em Inglês), o programa MRF do PNUD, em parceria com o Gabinete de Reconstrução (GREPOC),  já construiu 17 casas resilientes, oito escolas primárias e três mercados rurais, nas comunidades afectadas pelos ciclones, nos distritos de Dondo (17 casas e duas escolas), Nhamatanda (dois blocos de mercado), Chibabava (seis escolas) e Búzi (um mercado).

A Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano, que  orientou a cerimónia de inauguração na localidade de Hamamba, em Chibabava, agradeceu o PNUD e o Governo da República Popular da China pela solidariedade para com as crianças da Província de Sofala e de forma especial para com as crianças do distrito de Chibabava.

Carmelita Namashulua afirmou que “as infra-estruturas escolares resilientes com capacidade para resistir a ventos extremos vão contribuir para reforçar a necessidade de se criar um sistema educativo inclusivo, justo, eficiente e eficaz”. “Todo o esforço deve ser feito no sentido de mobilizarmos mais crianças, raparigas em particular, para que frequentem as escolas e possamos ter pelo menos três turnos e que os nossos jovens, pais e encarregados de educação participem no processo de educação e alfabetização de adultos”, acrescentou a Governante.

Ministra de Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, dirigindo-se aos presentes na cerimónia de inauguração de Escolas Primárias Completas em Chibabava.

Celina Henriques

Para o Representante Residente Adjunto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Francisco Roquette,  “o PNUD está convicto que o investimento em infra--estruturas e, principalmente escolares, representa uma contribuição importante para a criação de condições para formação de um capital humano que venha, a médio e longo prazos, contribuir para o desenvolvimento individual e colectivo nas comunidades em que estão inseridas”.

“Construímos, de raiz, aqui em Chibabava, 30 salas de aulas convencionais, cada com capacidade de 750 alunos. Ao todo  irão beneficiar cerca de 14 mil  estudantes das comunidades circunvizinhas,  trezentos e sessenta e seis (366) professores  e trinta e dois (32) funcionários do corpo  administrativo”, acrescentou.

Francisco Roquette, Representante Residente Adjunto do PNUD, discursando no acto de entrega das escolas ao Governo.

Celina Henriques

Lourenço Bulha, Governador da Província de Sofala, espera que as infra-estruturas inauguradas contribuam para a melhoria da qualidade de ensino. “Que a construção destas salas de aula responda aos anseios da população deste distrito na obtenção de competências nucleares de leitura, escrita, cálculo, análise e interpretação de textos, doptando-os de capacidade de compreender e interpretar os fenómenos naturais e sociais, bem como a aquisição de habilidades para a vida.”

 

Lourenço Bulha, Governador da Província de Sofala, falando a população no acto de inauguração das escolas em Chibabava

Celina Henriques

A implementação do programa Mecanismo de Recuperação ocorre em três importantes pilares: (1) ajudar as comunidades a reconstruir os seus meios de subsistência, especialmente as mulheres e outros grupos vulneráveis; (2) reconstruir habitações e infra-estruturas comunitárias; e (3) fortalecer a capacidade institucional do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones (GREPOC). O programa Mecanismo de Recuperação tem por objectivo incrementar a resiliência das comunidades afectadas, focando-se na sustentabilidade económica, reconstrução resiliente de infra-estruturas sociais, produtivas e habitacionais com base no princípio de reconstruir melhor “Build Back Forward”.