Estudo mostra a relevância da economia informal em Luanda
8 de June de 2023
O Instituto Nacional de Estatística (INE), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apresentaram hoje, Inquérito às Organizações Representantes de Actores da Economia Informal em Luanda (IOPREI), no auditório do INE.
O principal objectivo deste inquérito foi dar voz aos homens e às mulheres que trabalham na economia informal e às suas organizações, para investigar as possíveis soluções que possam incentivar a transição da economia informal para a economia formal.
Durante a sua intervenção, o Representante Residente do PNUD em Angola, disse que o estudo recolheu evidencias que mostram diferenças notáveis em termo de idade, género, actividade económica e nível de educação, entre outros aspetos, bem como a interligação que existe entre esses mesmos factores. ”Esta heterogeneidade deve ser considerada no desenho de estratégias sistémicas e integradas para considerar os diversos factores que concorrem para a informalidade”, acrescentou.
Por seu turno, a gestora de Programas de Protecção Social da OIT, Denise Monteiro, defendeu que o IOPREI é uma ferramenta útil que pode servir de base para a definição de políticas e estratégias que respondam à situação actual dos trabalhadores da economia informal e às suas necessidades.
Os resultados do estudo apresentado são derivados de um inquérito que foi realizado com mais de 11 mil trabalhadores e trabalhadoras informais em Luanda entre Julho e Setembro de 2022, precedido de um extenso processo de consulta com várias organizações sobre os objectivos e metodologia do estudo, incluindo testes piloto antes da recolha de dados.
Os resultados mostram que as restrições associadas à COVID-19 afectaram negativamente as pessoas que trabalham na economia informal, incluindo a redução das actividades económicas e dos rendimentos correspondentes. De igual modo, o estudo mostra que a inclusão financeira constitui um desafio para a transição à economia formal, o que implica a necessidade de fomentar o acesso à educação, literacia financeira aos serviços bancários e financeiros, o uso de ferramentas digitais, bem como o nível de capacidade das próprias organizações que representam os actores informais.
A cerimónia foi marcada pela presença de altas entidades do Executivo Angolano Representantes do Corpo Diplomático e Parceiros de Desenvolvimento em Angola, Representantes das Organizações Representantes da Economia Informal, entre outros.
Siga os links e acesse as versões em português e inglês deste estudo