Fórum Repartição de Benefícios do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais reuniu representantes de organizações da sociedade civil, agricultores, comunidades tradicionais, povos indígenas, governos e cooperação internacional em Rio Branco (AC).
PNUD participa de encontro sobre fortalecimento de políticas ambientais e climáticas
5 de December de 2024
Definir, de forma participativa, a metodologia do processo de consulta para a revisão da repartição de benefícios do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (SISA), reunindo representantes de agricultores, comunidades tradicionais, povos indígenas, governos, organizações da sociedade civil e cooperação internacional. Essa foi a proposta do Fórum Repartição de Benefícios do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais em Rio Branco, no Acre, realizado nesta segunda (2) e terça-feira (3). A representante adjunta do PNUD Brasil, Elisa Calcaterra, participou do evento, organizado pelo Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), com o apoio do PNUD.
O encontro reuniu cerca de 300 pessoas, além do governador do estado, Gladson Cameli; do secretário da Sema, Leonardo Carvalho; da presidente do IMC, Jaksilande Araújo; do presidente da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais (CDSA), José Luiz Gondim; e do oficial de programa da Unidade de Desenvolvimento Ambientalmente Sustentável do PNUD no Brasil, Gustavo Matsubara.
O primeiro dia do evento contou com painéis de nivelamento sobre o contexto das mudanças climáticas, financiamento climático e mecanismos de REDD+, com foco no Fundo Amazônia, Projeto Floresta+ Amazônia e mercados de carbono, estrutura do SISA e repartição de benefícios. No segundo dia, foram realizadas atividades em grupo para definição da metodologia para a condução do processo de consulta para a atualização da estratégia de repartição de benefícios do SISA, finalizando com uma plenária para apresentação dos resultados.
“Nós somos os protagonistas da proteção da Amazônia, os protetores da biodiversidade e estamos abertos para construir alianças nesse objetivo em comum. Vamos dar as mãos, usando do conhecimento acadêmico e tradicional e vamos colocar o Acre em destaque no mapa, com o nosso progresso e garantia de direitos para todos”, declarou o líder indígena Haru Kuntanawa.
Na ocasião, Elisa Calcaterra participou de reunião com o governador, juntamente com a conselheira do Clima e Floresta da Embaixada da Noruega, Ines Marques; a conselheira sênior da Norad, Borghild Tønnessen-Krokan; e o conselheiro do Clima e Floresta da Embaixada da Noruega, Ole Bergum. Durante a agenda, conheceram a Reserva Extrativista Chico Mendes, apoiada financeiramente pelo Programa REM, iniciativa conjunta da Noruega e da Alemanha em execução no Acre desde 2012.
O governador do Acre afirmou ser relevante manter o diálogo aberto com instituições internacionais como o PNUD. “É uma honra reunir tantos atores, tão importantes para discutirmos o meio ambiente. Não podemos perder tempo em relação às questões climáticas, devemos preservar o meio ambiente, que é um sinônimo da saúde e da vida. Queremos construir juntos, com o PNUD, cooperação internacional e outras instituições, um futuro mais justo e sustentável”, enfatizou Gladson Cameli.
A representante adjunta do PNUD Brasil destacou a importância do momento, pois estavam reunidos representantes locais, parceiros nacionais e internacionais. Para ela, representou um grande intercâmbio de experiências. Ressaltou também que foi uma oportunidade valiosa para aprender juntos, compartilhando desafios, soluções e melhores práticas, além de fortalecer ações e construir estratégias ainda mais eficazes.
“Gostaria de destacar que o Acre é um exemplo para o Brasil e para o mundo. A liderança e a coragem demonstradas pelo estado ao longo de sua trajetória em REDD+ são inspiradoras. Mas também sabemos que o sucesso dessa agenda não depende de esforços isolados. Ele exige colaboração. Por isso, reforçamos aqui o compromisso do PNUD de continuar apoiando o Acre e todos os seus parceiros para que essa jornada seja cada vez mais inclusiva, participativa e alinhada às melhores práticas globais”, enfatizou Elisa Calcaterra.