Comissão julgadora escolherá entre 3 e 5 finalistas para serem votadas por meio de consulta pública na plataforma Participa + Brasil.
Concurso da marca do ODS 18 – Igualdade étnico-racial recebe 123 propostas válidas
23 de August de 2024
O concurso para escolha da marca que representará o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 18 – Igualdade étnico-racial recebeu 123 propostas válidas entre os dias 23 de julho e 22 de agosto. Realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com a Comissão Nacional dos ODS, o Ministério da Igualdade Racial e o Ministério dos Povos Indígenas, definirá a imagem que será utilizada para identificar a iniciativa voluntária do Brasil dentro da Agenda 2030. Em 30 de agosto, serão anunciadas as propostas finalistas. Elas serão submetidas à votação pública na plataforma Participa + Brasil, no período de 5 a 19 de setembro. A vencedora será divulgada em 20 de setembro.
Cinquenta e quatro pessoas responsáveis pelas propostas se autoidentificaram como negras (pretas ou pardas), 68 como brancas, uma como indígenas. Cento e trinta e seis propostas não foram homologadas porque não apresentaram os arquivos obrigatórios apontados no item 3.3 do edital. Veja a lista completa com as propostas homologadas. A partir de agora, tem início o trabalho da comissão julgadora, que analisará as marcas e seus manuais de identidade visual com base nos critérios previstos. São eles: criatividade, originalidade, aplicabilidade e comunicabilidade.
Conheça os integrantes da Comissão Julgadora:
Deri Andrade: Alagoano, vive em Belo Horizonte, é um homem negro pesquisador, curador e jornalista. Mestre em Artes na linha de pesquisa História e Historiografia da Arte (Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo - USP), especialista em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais (CELACC - Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação da USP). Interessa-se pelo conceito de arte afro-brasileira, investigando a correlação entre conteúdo e forma presente nas poéticas de artistas negros/as/es. Desenvolveu a plataforma Projeto Afro, resultado de um mapeamento de artistas negros/as/es em âmbito nacional, por entender que a arte é um importante instrumento catalisador na luta antirracista. Tem passagens por instituições culturais, como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, a Unibes Cultural e o Instituto Brincante. Atualmente é Curador assistente no Instituto Inhotim.
Isadora Ferreira: Gerente de comunicação no Escritório de Coordenação do Sistema das Nações Unidas no Brasil desde 2019. Anteriormente, foi oficial de comunicação do Centro de Excelência contra a Fome, do Programa Mundial de Alimentos (WFP). Jornalista, tem mestrado em Desenvolvimento Sustentável. Isadora tem mais de 20 anos de experiência em comunicação e desenvolvimento. Trabalhou por seis anos como analista de projetos na Fundação AVINA, passou dois anos como oficial de comunicação no WWF-Brasil e três anos como oficial de comunicação do escritório da USAID no Brasil.
Nelson Inocêncio: Ativista do movimento negro e pesquisador que articula História da Arte, Estudos da Cultura Visual e Estudos das Relações Raciais. É professor do Departamento de Artes Visuais na Universidade de Brasília desde 1995, onde atuou fortemente para aprovação e consolidação do sistema de cotas para negros na primeira universidade federal do país. Foi Coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UnB de 2001 a 2014.
Paulo Tavares: Trabalha na interface entre culturas espaciais, culturas visuais, direitos humanos e ecologia política. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Campinas (2005), mestrado em Research Architecture pelo Goldsmiths College - University of London (2008) e doutorado em Research in Architecture pelo Goldsmiths College - University of London (2015). Tem pós-doc pela FAU-USP (2017) e Goldsmiths (2019). É autor dos livros “Lucio Costa era Racista? – Notas sobre raça colonialismo e a arquitetura moderna brasileira” (2022) e “Memória da Terra” (2020). Foi curador da Bienal de Arquitetura de Chicago de 2019. Foi um dos curadores do pavilhão Terra, que, em 2023, concedeu ao Brasil, pela primeira vez, o Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura, realizada em Veneza.
Sandra Benites: Antropóloga e curadora indígena Guarani Nhandeva, cujas propostas curatoriais têm enfatizado as cosmovisões indígenas e centrado nas mulheres indígenas como protagonistas. É mestra em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com pesquisa sobre as narrativas e o modo de “caminhar no mundo” (guata) das mulheres Guarani Nhandewa. Desde 2019, desenvolve pesquisa de doutorado. Lecionou em instituições americanas, como o Hammer Museum, o MoMA e o Harvard's Peabody Museum. Foi uma das organizadoras da exposição Ka'a Body: Cosmovision of the Rainforest no Paradise Row em Londres e Radicantes em Paris. Foi curadora adjunta no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e atuou como supervisora e consultora da programação cultural e exposição no Museu das Culturas Indígenas de São Paulo. Atualmente, responde pela diretoria de Artes Visuais da Funarte, sendo a primeira pessoa indígena a ocupar uma diretoria na Fundação.
Tatiana Dias Silva: Diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação do Ministério da Igualdade Racial. Dias Silva é pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) desde 2010. Doutora em Administração Pública, ela tem expertise em estudos e consultoria nas áreas de políticas sociais, políticas de igualdade racial, implementação de políticas públicas, enfrentamento das desigualdades, situação de rua e violência.
Thiago Gehre Galvão: Integra a Comissão Nacional dos ODS, como assessor da Secretaria Geral da Presidência da República. É professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), com atuação em temas da América do Sul, Fronteiras, Parcerias Estratégicas, entre outros. Desenvolve pesquisa sobre BRICS, Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Coordenou o Programa Especial de Extensão UnB 2030: Sustentabilidade e Desenvolvimento Inclusivo.