Boé, um povoado localizado ao longo do rio Coruba, no sudeste da Região de Gabú, na Guiné-Bissau, saúda a construção do seu primeiro mercado na cidade de Boé, apresentando novas oportunidades e grandes melhorias na qualidade de vida dos seus residentes. Tendo servido brevemente como capital de facto até que a independência da Guiné-Bissau foi finalmente reconhecida em 1974, Boé permaneceu desde então em relativa obscuridade, com muito pouco no caminho do desenvolvimento infraestrutural.
Tudo mudou quando um grupo de jovens, que se autointitulam Associação de Jovens Defensores do Ambiente boé (AJDA BOÉ), com o apoio do PNUD através da plataforma NaNôMon, decidiu alterar a narrativa da sua região tomando um lugar de motorista na estação de desenvolvimento da sua própria região.
Ao longo dos anos, a cidade de Gabú, na Guiné-Conary, a cerca de 83 km de distância, tem sido o centro da atividade comercial, onde os habitantes de Boé adquirem a maior parte das suas mercadorias essenciais. Este troço, que se encontra em estado muito mau, especialmente durante a estação chuvosa, representa uma grande ameaça para os veículos e passageiros, com impacto nas condições de vida e de trabalho dos habitantes de Boé. Com a construção de um mercado, haverá uma redução acentuada do tempo de viagem para a aquisição de bens. A preservação dos alimentos, que também era um problema no passado, aumentou as suas dificuldades, está a ser resolvida com a instalação de painéis solares e alguns congeladores para armazenar peixes e outros bens perecíveis.
O mercado utilizará produtos locais para expandir iniciativas que possam impulsionar o desenvolvimento, criando novas oportunidades para a comunidade na região outrora vibrante e crucial. Com um mercado recém-construído e plataformas de creches subsidiadas para jovens e mulheres, a comunidade de Boé tem visto uma dinâmica comercial revitalizada, com impacto direto na produtividade local.