Estudo oferece raio X de biorrefinarias no Brasil e propostas de desenvolvimento do setor

Intitulado “Elementos para uma Estratégia Nacional para Implementação de Biorrefinarias no Brasil”, documento resulta de parceria entre MDIC e PNUD.

7 de Abril de 2025

O estudo propõe 15 recomendações, que levam em conta elementos da cadeia produtiva: oferta de biomassa, beneficiamento, industrialização e comercialização

Foto: Freepik

Um diagnóstico dos estágios de desenvolvimento de biorrefinarias em território brasileiro, com provisão de subsídios para a elaboração de propostas de estratégias que levem ao desenvolvimento pleno do setor, é o que apresenta o estudo “Elementos para uma Estratégia Nacional para Implementação de Biorrefinarias no Brasil”, resultado de parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o PNUD. Segundo o documento, a ideia central para as políticas de bioeconomia e bioindústria deve envolver uma visão sistêmica do biorrefino: além de biorrefinarias, as cadeias produtivas e o ecossistema de produção e inovação associado à unidade industrial fazem parte dessa equação.

O levantamento também aponta, por exemplo, que o biorrefino deve almejar quatro atributos: diversificação de produtos, aproveitamento integral da biomassa, circularidade e inserção regional/territorial. Outro ponto importante diz respeito a quatro grupos distintos de biomassa que têm lógicas próprias de exploração e valorização: florestas plantadas; cana de açúcar; café e açaí; e babaçu e macaúba.

O estudo propõe ainda 15 recomendações, que levam em conta elementos da cadeia produtiva (oferta de biomassa, beneficiamento, industrialização e comercialização), assim como as dimensões de análise dos negócios em bioeconomia (matéria-prima, tecnologia, produtos, modelos de negócio), que condicionam a adoção de cada recomendação.

“Esse estudo demonstra o potencial de diversos tipos de biomassas em vários biomas brasileiros, alguns que já são explorados comercialmente e outros, não”, detalha o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, do MDIC, Rodrigo Rollemberg.

“Um documento como esse estimula a formulação de políticas e estratégias que vão ao encontro de objetivos da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Por exemplo, favorece diretamente o alcance dos ODS 7, 8, 9, 11, 12, 13 e 15 e mostra a importância do governo na governança dessa cadeia, organizando e articulando as partes”, observa o coordenador da Unidade de Desenvolvimento Socioeconômico Inclusivo, do PNUD no Brasil, Cristiano Prado.

O estudo está alinhado à Missão 5 do Plano Nova Indústria Brasil, que prevê, entre outras ações, a ampliação em 50% dos biocombustíveis na matriz energética dos transportes. Desse modo, o relatório aponta o estágio de desenvolvimento desse segmento da indústria, além de fornecer subsídios para que se planeje a expansão das biorrefinarias no país.

Acesse a publicação aqui.